ARTIGO CIENTÍFICO

Influência da limpeza ultrassônica de cerâmicas odontológicas pós-condicionamento na resistência de união de um cimento resinoso

Wladimir Franco de Sá Barbosa, Oswaldo Scopin de Andrade, Thaiane Rodrigues Aguiar, Glaucia Ambrosano, José Carlos Romanini, Marcelo Gianini

Com os avanços na Odontologia, foi possível o desenvolvimento de coroas puras de porcelana. Porém, o seu emprego no dia a dia clínico foi prejudicado pelo alto índice de falha adesiva. No entanto, com a adição de óxido de alumínio às cerâmicas, estas ganharam propriedades mecânicas, permitindo seu uso sem uma infraestrutura metálica.

As cerâmicas são materiais compostos por duas fases diferentes, uma cristalina, composta por cristais de alumina, leucita e zircônia, e outra vítrea, formada por feldspato de potássio, vidro e óxido de alumínio. A adesão entre cerâmicas feldspáticas, reforçada por leucita ou à base de disilicato de lítio e os cimentos resinosos se baseia no condicionamento com ácido fluorídrico, seguido da aplicação do agente silano.

O objetivo desse artigo foi avaliar o efeito da limpeza ultrassônica desses dois tipos de cerâmicas condicionadas com ácido fluorídrico na resistência de união de um cimento resinoso. 

Para isso foram selecionadas placas de cerâmicas reforçadas por leucita e à base de disilicato de lítio nas dimensões de 10 mm de comprimento, 5mm de largura e 1mm de espessura. As superfícies das cerâmicas foram condicionadas com ácido fluorídrico a 10% por 60 segundos as amostras à base de leucita, e as de dissilicato de lítio por 20 segundos. Em seguida foram lavadas com água por 1 minuto, e algumas foram colocadas na cuba ultrassônica. Em todas as amostras foi aplicado o agente silano, seguido do adesivo, e do cimento resinoso sobre a superfícies das cerâmicas. 

De acordo com o ensaio de microcisalhamento, Análise de Variância e teste de Tukey, houve um aumento na resistência de união entre o cimento resinoso e as duas cerâmicas testadas, com a limpeza ultrassônica após o condicionamento com ácido fluorídrico.

Profa. Renata Silveira
membro Esthetic Group

DICA CLÍNICA - A IMPORTÂNCIA DO MODELO DE ESTUDO NO PLANEJAMENTO ESTÉTICO

   A odontologia estética encontra-se em pleno avanço principalmente com o advento do desenvolvimento de materiais restauradores que buscam a reprodução das características naturais das estruturas dentais. É importante salientar que o sucesso de um tratamento estético depende de vários fatores e é por esse motivo que um correto plano de tratamento deve ser realizado para que tenhamos um bom prognóstico, tanto no ponto de vista estético como no ponto de vista funcional. Para obtermos êxito no tratamento é imprescindível um correto diagnóstico e um planejamento adequado do caso.

    Uma etapa muito importante desse planejamento, muitas vezes negligenciadas por alguns profissionais, é a obtenção do modelo de estudo. É através desse modelo que estudaremos a arcada superior e inferior, observando os detalhes gengivais, as inclinações dentais, as formas dos dentes, o seu posicionamento e a relação com seus antagonistas. Além de todas essas informações é o modelo de estudo que servirá de base para o enceramento diagnóstico.

     Meu objetivo aqui é dar algumas dicas que ajudarão você a obter melhores resultados na obtenção desse modelo de estudo .

  

 O primeiro passo é a correta seleção da moldeira, preste atenção no tamanho da arcada do paciente e na profundidade da moldeira que irá utilizar, ela deverá cobrir toda a arcada tanto na anterior como na posterior e ter pelo menos 0,5 cm de espaço entre a moldeira e os dentes.

EXEMPLO DE MOLDEIRA PEQUENA PARA O REBORDO, NOTE QUE NÃO HÁ ESPAÇO PARA O MATERIAL ENTRE OS DENTES E A MOLDEIRA

  

Após a definição da moldeira a ser utilizada faremos a individualização da mesma. Essa individualização tem como objetivo conseguir uma uniformidade do material, melhorar o confinamento do material de moldagem, aumentar a abrangência do molde e servir de referência para o posicionamento final da moldagem. Ela poderá ser realizada com cera utilidade, godiva ou silicona. Atualmente temos a cera periférica da Kota que  já vem pronta para ser colocada na moldeira facilitando bastante nosso trabalho.

CERA PERIFÉRICA DA KOTA

MOLDEIRA INDIVIDUALIZADA

    

   Além da colocação da cera nos bordos da moldeira, é importante individualizar também o palato pois existe um grande espaço entre ele e a moldeira , essa diferença causa um aumento na espessura do material de moldagem e consequentemente um risco maior de deformação do molde.

REPARE NO ESPAÇO EXISTENTE ENTRE OS DENTES E A MOLDEIRA  QUE SERÁ PREENCHIDO PELO MATERIAL DE MOLDAGEM

   O material de eleição para a moldagem de estudo é o hidrocolóide irreversível, que conhecemos como Alginato.  Além de ter um custo bastante acessível a técnica de trabalho é bem simples. Porém temos que ficar atentos a proporção pó e água desse material pois uma falha na manipulação pode acarretar em uma alteração dimensional indesejável que por sua vez levará a distorções no modelo. Além do alginato , temos também um excelente material para moldagem de estudo no mercado, o Hydrogum da empresa Zhermack ,que é um material derivado da mistura de diversos hidrocolóides irreversíveis que conferem a ele uma melhor estabilidade dimensional e um tempo maior para preenchimento do modelo em relação ao alginato convencional ,resultando em modelos de estudo ainda mais fiéis.

HYDROGUM ZHERMACK

      

      Grande abraço e até breve!

Prof. André Gouveia
membro Esthetic Group

    

CASO CLÍNICO - LENTES DE CONTATO

Olá,

  Hoje eu trouxe um caso para vocês de uma paciente jovem, insatisfeita com o 

sorriso. Avaliando o caso com mais cautela podemos observar restaurações em 

resina composta extensas e insatisfatórias nos incisivos superiores. 

   

   Foram planejadas 4 lentes de contato nos 4 incisivos superiores  e o material 

de eleição neste caso foi o E.max.

    Grande abraço!

Prof. Alexandre Tateyama
Co-Coordenador Esthetic Group